quarta-feira, 21 de março de 2007

Nutricionistas exigem restrição de publicidade

Os anúncios a refrigerantes, batatas fritas e guloseimas invadem os espaços televisivos infantis e, se por um lado, as crianças são aliciadas a consumir tais produtos pelos brindes que estes lhes oferecem, também os pais são incentivados a comprar, já que muitos deles alegam, erradamente, promover a saúde da criança. Confrontados com esta situação e, na urgência de combater as doenças associadas aos maus hábitos alimentares, os nutricionistas e os representantes dos consumidores exigem a restrição desta publicidade, medida também preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Em resposta, a indústria e os anunciantes contestam a exigência, defendendo que a auto-regulação é suficiente.Como pode esta auto-regulação ser suficiente se é constituída apenas por códigos de intenções? De que forma evitamos a exposição das crianças a estas "tentações", se não há medidas legislativas que as proíbam? Só protegendo a criança e o adolescente podemos melhorar o panorama futuro e, por isso, é essencial que esta infindável luta por parte dos profissionais e pais seja vencida.

"I hear and I forget, I see and I remember, I do and I understand." (Confucius, 551 BC to 479 BC)

A Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) na tentativa da construção de um mundo sem fome” criou um projecto intitulado “FAO School Gardens”.
As “School Gardens” vão de encontro à mensagem de Confucious "Eu oiço e eu esqueço, Eu vejo e eu recordo, Eu faço e eu compreendo", estão implementadas em vários países e inseridas em escolas.
Este projecto foi criado nesta linha de pensamento. Acredita-se que a melhor maneira para uma criança aprender determinada mensagem e relacionar as suas acções com o ambiente é tendo uma participação e intervenção activa nessa aprendizagem.
O objectivo deste projecto passou pelo aumento do consumo de hortofrutícolas entre os participantes e intervenientes na criação e manutenção do “School Gardner”. Para tal, nestas escolas são plantados vegetais, plantas medicinais, árvores e outras plantas. Ocasionalmente, também são mantidos animais, como patos, galinhas, cabras e peixe. Nas cidades, como geralmente as escolas têm espaços limitados ao ar livre, o “School Garden” está limitado a plantações em recipientes. Em todas as “School Gardners” os alimentos colhidos são consumidos pelos intervenientes no projecto.
Um exemplo do sucesso destas escolas é o de Bangladesh. O Integrated Horticulture and Nutrition Development Project implementou o programa “School Nutrition Gardening” em 30 escolas, que abrangiam 15 distritos do Bangladesh. Este programa teve como objectivo educar estudantes do sexo feminino entre os 13 e os 15. Um total de 1 800 raparigas foram expostos a este programa.

Ao fim de um ano, notou-se que 75% dos estudantes passaram a ingerir vegetais todos os dias. O resto dos estudantes (19% a 7%) passaram a ingerir vegetais mais de 3 dias por semana e entre 2-3 dias por semana, respectivamente.
O consumo de frutas foi inferior ao de vegetais. Este facto, deveu-se provavelmente à menor acessibilidade à fruta.
Para terminar, realço o facto de 80% dos estudantes passarem a preparar em casa as receitas que aprenderam nas sessões de educação alimentar, o que é mais uma prova irrefutável do sucesso deste projecto.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Evolução da Alimentação Humana

Ao longo de aproximadamente um milhão de anos, o equivalente a 40.000 gerações, a espécie humana foi-se acomodando a uma oferta alimentar caracterizada por uma grande constância nutricional de lípidos, amido, açúcar, fibra, proteínas e sal.
Contudo, este duradouro período de estabilidade, teve os seus dias contados e é impressionante verificar a mudança radical e abrupta na oferta de alimentos, essencialmente nos países industrializados, a que se assiste desde à 8 gerações para cá.
As principais diferenças entre o padrão nutricional dos habitantes do Paleolítico e o dos habitantes dos países industrializados são as seguintes:
- Aumento do consumo de sal em cerca de 5 vezes;
- Redução notável do aprovisionamento energético fornecido pelo amido, substituído em parte pelo aumento do contributo do açúcar e gorduras;
- Ligeira redução do aprovisionamento proteico e alteração na sua origem, de vegetal para animal;
- Redução da ingestão de fibras da ordem dos 75%.
Apesar destas alterações significativas, se tomarmos os países em desenvolvimento como um todo, observamos que o seu padrão nutricional pouco difere do Paleolítico.

domingo, 18 de março de 2007

Benzeno em refrigerantes

Na última edição da revista PROTESTE da DECO, demos conta da seguinte afirmação: "encontrámos benzeno, uma substância cancerígena, em 8 dos 15 refrigerantes que testámos".
Os benzenos são usados na indústria química e chegam ao nosso organismo por inalação de ar poluído ou fumo do cigarro. Alguns alimentos e bebidas contribuem também para aumentar a nossa dose destas substâncias cancerígenas, embora em menor grau: "os valores que detectámos não são preocupantes mas...tratando-se de uma substância cancerígena, a precaução manda que limitemos a exposição ao mínimo indispensável, sobretudo no caso das crianças". É possível produzir refrigerantes sem benzeno, "basta os fabricantes não usarem o ácido benzóico e derivados (benzoatos) em produtos com sumo de fruta ou ácido ascórbico (vitamina C). É ainda de notar que "o benzeno surge mais facilmente quando os produtos estão à luz e ao calor" e que "as bebidas ditas light são mais susceptíveis de o terem", porque o açúcar inibe a sua formação.

O perigo do remédio milagre

O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento - Infarmed - descobriu substâncias ilegais em comprimidos brasileiros, para emagrecimento rápido. Os comprimidos,de nome Dietilpropiona, distribuídos pelo laboratório brasileiro Medicall, contêm uma mistura de laxantes e diuréticos com psicofármacos, pelo que o seu trânsito deverá ser considerado ilegal, destinado ao mercado ilícito de substãncias psicotrópicas. Entre os diversos efeitos adversos estão as alucinações, dependência, delírio, convulsões e efeitos cardiovasculares.
Cuidado com este remédio "milagroso"!!

quinta-feira, 15 de março de 2007

Tagus com nova imagem

"A cerveja é a prova de que Deus nos ama e quer que sejamos felizes”. Benjamin Franklin

Intermináveis são as páginas destinadas ao tema da cerveja no espaço cibernáutico, e em todas, a enorme “luta” pela sobrevivência da imagem é assinalada pela grande aposta que estas marcas fazem por destacar os seus produtos.

Com imagem renovada, a Tagus, cerveja de Puro Malte do Grupo Sumol lança a “Campanha das Verdades!”.

Digam-nos vocês umas verdades...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Alimentos à Lupa

Em Janeiro de 2007, a revista “Visão” lançou mais uma das suas edições, contudo, desta vez como título de destaque: “Sabe o que come?”.
E será que sabemos?
“É nas carnes e nos queijos que se verificam as maiores fraudes. Mas os frutos secos podem esconder substâncias cancerígenas. E o azeite, por vezes, apenas é puro e virgem no rótulo. Quanto à higiene em restaurantes, emergiu uma paisagem aterradora. Já com mais de mil operações no currículo, num só ano de actividade, a ASAE, autoridade de fiscalização, mostra Portugal mais trapaceiro de que se suspeitava. Agora, surge a céu aberto – e cientificamente avaliado em laboratório próprio”.

A nova roda dos alimentos


Já dizia o poeta, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Pura verdade! A rotina diária mudou, a oferta de alimentos e, por conseguinte, os apetites também. Pelo que a tradicional roda dos cinco grupos de alimentos também sofreu alterações.
Com a passagem do tempo surgem novas prioridades e a alimentação saudável deve ser uma delas.
A nova versão da roda dos alimentos traz muitas novidades. O seu formato original, o círculo, mantém-se. Mas, ao invés de cinco, passamos a ter sete grupos de alimentos e a água, esse bem imprescindível à vida, ocupa o lugar central do círculo.

Pense nisto...

Hoje em dia, ninguém ignora que comer bem não significa comer muito e, muito menos, comer, por exemplo, muita carne ou muitos doces. Pelo contrário: é ponto assente que o segredo de uma boa alimentação reside, sobretudo, na diversidade e na complementaridade e que todos os alimentos, por mais “pobres” que pareçam, nela podem ter lugar.
No entanto, ainda há quem coma demasiado. Os erros cometidos na alimentação não raras vezes se fazem sentir no estado geral da saúde. Muitos hábitos salutares estão a ser descurados. A obesidade é uma realidade cada vez mais frequente no nosso país, pois muitas pessoas que levam uma vida relativamente sedentária alimentam-se como se trabalhassem na agricultura ou tivessem uma vida muito activa. A verdade é que o estilo de vida de muitos portugueses mudou bastante, nos últimos anos, mas os hábitos alimentares persistem.
Por outro lado, são também muitos os que comem mal. A melhoria do nível de vida trouxe consigo o abandono dos alimentos próprios dos tempos austeros (cereais, massas, legumes e carnes de segunda categoria, por exemplo), em benefício dos alimentos socialmente prestigiantes (bebidas alcoólicas, doces, etc.).
A nutrição engloba um sem-número de temas. Com este blog, e com a informação que aqui será contida, temos a esperança de suscitar um interesse especial para esta área. AFINAL, “somos o que comemos!”.

terça-feira, 6 de março de 2007

O que se entende por ALIMENTO ?


Resposta popular
: alimento é tudo o que nos abastece.

Resposta científica: entende-se por alimentos as substâncias que, submetidas ao estômago, podem ser animalizadas pela digestão e reparar as perdas sofridas pelo corpo humano nas actividades da vida.

Não há uma definição única de alimento. Cada indivíduo, consoante as suas considerações pessoais, constrói as sua própria definição.

A alimentação est
á longe de ser um fenómeno meramente biológico e, por isso, devemos encarar o alimento como um conjunto de nutrimentos, carregados de simbologia a nível cultural, social ou mesmo político. A forma como o definimos, que efeito pensamos que terá sobre a nossa saúde e o que é adequado para diferentes idades e grupos parte da socialização e difere de cultura para cultura. As influências
culturais e os factores ambientais determinam também os padrões das refeições, o número de refeições diárias, assim como os métodos de confecção,o modo como se come e os utensílios que se usam.

O conservadorismo que é próprio dos seres humanos e a neofobia influenciam também a nossa escolha alimentar.
É comum “torcermos o nariz” perante um menú mais exótico,sem nunca o termos provado, só pelo medo do desconhecido.

Os hábitos alimentares são um dos componentes mais fortes da identidade cultural dos povos e, pelo modo como comemos, podemos demonstrar pertença a um grupo ou, pelo contrário,diferenciar-nos dele. A lista de “funções” dos alimentos é extensa e, de modo algum se limita à de nutrir:


- Iniciar e manter relações pessoais e de negócios;

- Demonstrar a natureza e extensão das relações;
- Proporcionar actividades comunitárias;
- Exprimir amor e carinho;

- Exprimir individualidade;

- Proclamar independência de um grupo;
- Enfrentar stress psicológico ou emocional;
- Exercer poder político e económico;

- Simbolizar experiências emocionais;

- Exprimir atitudes morais;

- Demonstrar estatuto social;

- Recompensar ou punir;

- Reforçar auto-estima e ganhar reconhecimento;

- Evitar,diagnosticar e tratar doença;

- Revelar piedade;

- Representar segurança;

- Exprimir riqueza;


...daí que uma definição não chegue para a palavra ALIMENTO!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Definição de código

do Lat. codice

s. m.,
- reunião de leis;
- composição metódica e articulada de disposições legais;
- colecção de preceitos e regras;
- colecção autorizada de fórmulas médicas ou farmacêuticas;
- norma;
- conjunto de sinais convencionais e, por vezes, secretos para comunicações;
- conjunto de regras que permite a combinação e a interpretação desses sinais;